Atitude financeira saudável começa na infância

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Na longa missão de educar crianças, não há segredos para garantir o sucesso: ensine tudo o que puder.

Versados de rápida inteligência e com amplo potencial para desenvolver habilidades, os pequenos cidadãos do amanhã estão aptos a aprenderem tudo em grande escala.

“E, apesar da maioria dos pais e responsáveis saberem disso, a educação financeira raramente entra na fila das aprendizagens”, alega Natielly Macedo, pedagoga e licenciada no método Google for Education, um sistema de educação conectado à rede, que conta com o repasse de habilidades a quem do currículo escolar e, dentre elas, a educação financeira.

Para Natielly, a dificuldade na implementação de matérias segmentadas e dentro do currículo escolar que especifiquem noções financeiras, vai muito além de questões burocráticas: “o brasileiro adulto também evita se educar financeiramente” salienta Natiely. E conforme os dados disponíveis, ela tem razão.

De acordo com o último levantamento feito pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC) em julho deste ano, oito entre cada dez famílias brasileiras estão em situação de endividamento.

Como resolver a situação?

Para Natielly, a resposta está nas próximas gerações.

“Veja bem, mesmo que uma criança seja educada por pais ou responsáveis endividados, ela pode receber educação financeira. Obviamente, a maioria das crianças do Brasil não contam com pais que possam pagar por sua educação, contudo, há muito que pode ser feito em casa, na metodologia familiar. Um pai que entende que está fazendo algo errado, deve corrigir sua atitude para ensinar seu filho melhor”.

Com educação financeira firmada na grade escolar por 2 horas semanais na escola em que trabalha, Natielly acredita que sua instituição de ensino dá um passo à frente na educação das crianças e na educação dos pais também: “já

ouvi aluno me dizendo que recusou presente por ter ganhado outro no mesmo mês”, ela ri da lembrança.

Educados em ambiente onde tutores os ensinam que quantidade, em geral, fere preceitos de boa educação financeira, as crianças nesta modalidade escolar aprendem a apreciar o que têm por mais tempo e a economizar.

“Este conceito qualquer pai pode ensinar ao seu filho. Muitos já cuidam da própria mesada semanal e a organizam para que dê e sobre, uma vez que a renda deve caber as despesas e sobrar para o futuro”.

Quando perguntada se ela conseguia aplicar tais conceitos, Natielly pondera: “não há como mentir. Para lecionar a matéria tomamos cursos e uma série de ferramentas são utilizadas para garantir que os profissionais compreendam. Em meio a essa experiência, consegui entender como eu errava com meu dinheiro e na educação da minha filha também.”

Mãe de Ana Alice de 6 anos, Natielly pratica conceitos de minimalismo, baixo consumismo e compreensão financeira com sua filha.

“O exercício é para nós duas porque tive de rever vários comportamentos que, para mim, eram absolutamente normais para que a Alice viva em um ambiente financeiramente saudável. Isso só foi possível por meio da educação financeira”, finaliza.

Educação financeira nas escolas ainda é desafio

Muito embora tramite a largos passos no Plano Nacional de Educação (PNE), a educação financeira em todas as escolas do país ainda é um sonho distante: segundo dados do Ministério da Educação, somente 14% das escolas contam com matéria específica.

“O desafio de educar crianças financeiramente vai muito além da matéria ser incluída em sala de aula. Os pais também precisam se educar”, pondera Natielly sabiamente.

Por isso, para qualquer pai ou responsável que deseja um futuro melhor aos seus pequenos, a dica é: valorize a educação que pode garantir a segurança financeira de seus filhos, este sim, é um grande presente neste Dia das Crianças.

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