Presenteie no Natal protegendo seu orçamento

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Organizar para conquistar.

Esta é a regra essencial para não perder o controle financeiro na semana mais comemorativa do ano.

Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a estimativa é de que as compras de Natal movimentem aproximadamente R$ 60 bilhões no comércio e no setor de serviços brasileiro.

Com a previsão de uma injeção financeira tão significativa no consumo do Brasil, fica a dúvida:

Você se preparou para presentear entes queridos com respeito ao seu orçamento?

Para o especialista em investimentos CEA do Banco Safra Rafael Rabelo, o planejamento financeiro é essencial nesses momentos.

“Nas finanças é sempre fundamental traçar objetivos e entender quanto custa cada objetivo, seja viagem ou presente significativo, e inseri- lo no planejamento como se ele já fizesse parte de uma dívida”, afirmou o especialista.

Para Rafael, organizar o orçamento para presentear quem se ama no final do ano não tem fórmula mágica: “o que existe é o esforço de cada pessoa para gastar dentro do seu limite e o cuidado de converter esse mesmo esforço em valor presente”, destacou o especialista.

Planejamento é o caminho

Atuando com aconselhamento financeiro a muitos anos, Rafael alega possuir clientes que questionam a tática do planejamento sob a alegação de que o dinheiro da renda mensal não sobra.

Para ele, no entanto, tudo é uma questão de adaptação.

“Se hoje você ganha R$10 mil, pode adequar sua renda para viver com R$9 mil, garantindo, assim, o custeio para projetos e investimentos. É tudo uma questão

de ajuste de finanças. Você terá de fazer um sacrifício ou outro, mas, pode viver bem reduzindo as despesas e, com esses R$ 1.000, que representam 10% do seu orçamento, você consegue acumular pensando em objetivos de curto a médio prazo. Tudo depende do esforço de quem quer conquistar o objetivo e não do quanto se ganha”, pontuou Rabelo.

Gastar todo o 13º não é a solução

Quando questionado sobre se o 13º seria uma opção para as compras de fim de ano, uma vez que muitas pessoas podem não ter antecipado os custos que viriam no natal, Rabelo foi categórico: “Na minha opinião, não. O décimo terceiro bem usado é projetado para a realidade financeira das famílias. Boa parte dele deve ser organizado para ser um auxílio nas obrigações financeiras que virão no próximo ano”.

Para o especialista, utilizar qualquer quantia de dinheiro para suprir necessidades emocionais sem qualquer tipo de planejamento pode render mais desconfortos nessa área a longo prazo, uma vez que outras necessidades básicas podem sofrer com decisões financeiras imediatistas.

“Gastar todo o 13º é um grande vilão: você acaba perdendo eficiência porque, se preservar uma parte do dinheiro para o próximo ano, terá muito mais recursos e liberdade.”

Contudo, se você não se organizou para presentear quem ama nesse Natal, Rafael tem uma boa sugestão: “em casos de um fim de ano não planejado, determine um orçamento. Se você sabe que precisa comprar quatro presentes, defina quanto pode gastar nesses quatro gastos e compre dentro desse orçamento”, destacou o especialista a fim de determinar que, sem nenhum tipo de planejamento, você precisará presentear com o que puder e não com o que quiser.

Para garantir um 2023 bem organizado e definido financeiramente, pratique o autocontrole financeiro desde já.

Desejamos a todos um Feliz Natal!

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