Desde muito cedo, as crianças demonstram interesse pelo consumo: brinquedos, roupas e atividades podem transformar a rotina dos filhos e o modo como eles encaram o dinheiro.
O princípio básico do amor fraternal é que todos os pais querem proteger seus filhos.
Contudo, para que eles fiquem seguros de fato, é fundamental que a educação vá além dos preceitos sociais e pedagógicos, uma vez que eles também precisam estar seguros financeiramente para terem independência e uma vida confortável.
Pensando nisso, vários especialistas entraram em consenso ao longo dos anos: o brasileiro não recebe educação financeira para administrar seu dinheiro e fazer com que bens sejam gerados através de seu trabalho.
Para afirmar o argumento, basta olhar os dados do país: o número de famílias com dívidas no Brasil representa 74% da população em 2021, o maior recorde da série histórica iniciada em 2010, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio.
Face a esse dado impressionante, estratégias precisam ser criadas para defender o interesse da vida digna e o segredo está na educação financeira desde a infância.
Especialista em educação financeira infantil, a jornalista Paula Andrade desenvolveu recursos para que os pais interessados no futuro financeiro de seus filhos invistam em medidas educacionais que se prolongarão até a vida adulta dos pequenos.
De forma didática, Paula Andrade apresenta as principais noções sobre dinheiro e consumo, com interatividade e pedagogia apropriada, em um livro feito especialmente para a mente infantil.
Ilustrado e divertido, as crianças aprendem brincando com o livro A Dona Baratinha.
A obra relata a rotina da Dona Baratinha, uma protagonista doce que, apesar de ser muito econômica e valorizar seu dinheiro, nunca conseguia fazer com que ele sobrasse.
A partir daí, a história se desenvolve com o foco central da boa educação financeira: ter o que quer, tendo o que guardar.
Bastante acessível, o livro sai das prateleiras a aproximadamente R$ 48,00 e leva às crianças o imensurável conhecimento sobre como aprender a poupar desde cedo.
Para ajudar você a investir nesse conceito fundamental, além da compra do livro, sugerimos as seguintes dicas:
Institua a mesada consciente
Dinheiro se conquista com algum esforço, certo? É muito importante que desde pequenos, as crianças entendam isso.
Para a maior parte dos especialistas, você pode aproveitar funções que eles podem realizar e fazer com que elas rendam uma remuneração.
Que tal regar as plantas ou lavar o quintal por uma mesada?
A ordem de frequência da mesada está a seguir:
- Dos 6 aos 8 anos – Ela pode ser semanal;
- Dos 9 aos 11 anos – Ela pode ser quinzenal;
- A partir dos 12 anos – Ela pode ser mensal.
A explicação para a técnica é que, com o passar dos anos, as crianças aprendem a manejar melhor o dinheiro a ponto de não gastarem tudo em um curto período de tempo.
Dê um cofrinho para seus filhos
Essa é uma ideia boa para ser usada principalmente com crianças menores.
Uma parte importante do processo é explicar que o cofre só poderá ser aberto quando estiver cheio e desafiar os pequenos a pouparem.
Ensine-os desde pequenos a contabilizarem seus gastos
Registrar a entrada e a saída do dinheiro é a regra principal para se saber para onde o dinheiro está indo, quanto é necessário economizar e quais são os gastos que podem ser cortados.
Passe esse ensinamento para frente: mostre as vantagens de ter todas as despesas registradas com precisão e como fazer isso de maneira eficiente e prática.