O controle de gastos para uma vida financeira mais saudável depende de aprender mais sobre como otimizar os ganhos.
Quem nunca passou por situações de pensar que a renda mensal simplesmente não dá?
Este é um problema solucionável, felizmente.
Para conquistar a eficiência real em suas finanças, a principal metodologia é compreender, realmente, todo o seu salário, por isso:
Planeje seus gastos a partir da renda bruta e não da líquida
A renda líquida é o que você, de fato, recebe na conta em data prevista. De nada adianta aplicar o conceito financeiro de um valor que passará por várias alterações até chegar às suas mãos. Há vários descontos previstos em CLT, por exemplo, que alteram seu valor total, veja a seguir:
- INSS: de 7,5%, para quem recebe o salário-mínimo, a 14%, para o trabalhador que recebe o teto previdenciário;
- FGTS: 8% do salário bruto;
- Vales alimentação, refeição e transporte: a serem definidos por sua modalidade de trabalho;
- Plano de saúde: a depender das convenções da empresa;
- Previdência privada: varia de acordo com o plano contratado;
- Pensão alimentícia, se for seu caso;
- Contribuição sindical: paga pelo trabalhador uma vez por ano e correspondente à remuneração de um dia normal de trabalho, 1/30 da remuneração mensal, sem inclusão de horas extras, muito embora não seja obrigatória.
Não considerar estas reduções do salário bruto é, por muitas vezes, a maior fonte de desorganização no planejamento financeiro já que, contar com mais dinheiro do que realmente se tem, provoca um grave desequilíbrio financeiro.
Portanto, entenda seu salário. Tudo começa por aqui. Fazer dívidas com sua renda bruta resulta em endividamento.
Após definir este valor com precisão, fique atentos a erros comuns que você pode cometer em um único mês e comprometer sua saúde financeira por vários outros:
Não utilize o limite do cheque especial como parte de sua renda
Parece um erro claro, no entanto, é um dos mais comuns. Não trate o limite do cheque especial como parte de seu salário de forma parcial ou integral. Apesar de ser um recurso valioso, serve apenas para emergências pelos altos juros que envolve.
Esqueça o rotativo do seu cartão de crédito
Aquele velho hábito de muitas pessoas no Brasil de não pagar toda a fatura e deixar parte do custo para o outro mês é um grande rombo final no planejamento. Esta é uma outra alternativa a ser veementemente evitada pelos juros que acresce, fora a desestabilização que causa no orçamento do próximo mês.
Crédito consignado não é para qualquer situação
Para alguns, a oportunidade de pegar um dinheiro a mais com parcelas fixas em folha é uma tentação enorme. Apesar dos juros mais reduzidos pelo maior controle de inadimplência com o famoso desconto em folha, a parcela pode desestabilizar seu orçamento. Por esta razão, somente opte por empréstimos consignados com planejamento específico e por motivos significativos.
Para otimizar seu salário, atente-se às dicas a seguir:
Aproveite ao máximo os benefícios de sua empresa
Vales alimentação e refeição ou vales transporte ajudam – e muito – na despesa mensal. Explore as vantagens e concentre-se em fazer com que estes gastos caibam nos benefícios o máximo possível.
Não se permita ter gastos invisíveis
Cada conta deve estar em sua planilha, não importa quão pequena seja. Você precisa saber para onde vai cada centavo.
Por fim, planeje-se. Organize pelo menos seis meses de previsão em suas planilhas de orçamento para saber onde e quando pode sair em maior vantagem.
