Estímulo por notas boas gera retorno financeiro

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A forma de introduzir a educação financeira varia para cada família. No caso do publicitário Leonardo Rocha, a ideia foi unir um bom desempenho escolar a um merecimento traduzido em reais. O filho Arthur ganha dinheiro por ir bem nas provas. “Fizemos o seguinte: para as notas acima de 8 no bimestre, ele ganha 10 reais”, conta o pai.
Quando questionado se as notas não seriam uma obrigação de Arthur, Leonardo foi categórico: “ele precisava de estímulo”.
Transferido de uma escola para outra por seus pais, que estavam em busca de melhores condições de ensino, Arthur sentiu o peso de uma rotina escolar muito mais intensa e precisou ser incentivado. Presumivelmente, o estímulo financeiro rendeu resultados no desempenho escolar do jovem estudante. Além de conquistar as notas maiores, ele passou a buscar desenvolvimento absoluto.“Com o tempo, passamos a bonificar mais do que as notas acima de 8 pontos. Notas nessa média passaram a valer R$10 e notas 10 rendem o dobro”, ressalta Leonardo, orgulhoso de seu filho.
Quando perguntado se todos esses incríveis preceitos financeiros foram advindos de sua educação na infância e juventude, Leonardo foi categórico: “Meus pais não receberam educação financeira dos meus avós e também não se preocuparam em se orientar.”

Arthur e Leonardo

Virando o jogo
Tendo passado por uma grave situação de endividamento aos 23 anos, Leonardo decidiu virar o jogo. Instruiu-se financeiramente por meio de cursos e consultorias e hoje ensina seus filhos a trilharem o caminho da educação financeira desde cedo: “o dinheiro conquistado por nossos filhos é deles e a mãe dele e eu não interferimos. Eu quero que eles entendam a responsabilidade e as consequências do bom ou mau uso do dinheiro.”
Apesar de extremamente desenvolvido nos conceitos financeiros, Arthur ainda não tem uma conta bancária.
“Eu pessoalmente acredito que o mais importante neste momento é ele mexer no dinheiro, entender as quantidades, ter à mão, ver o volume, fazer a contabilidade e ter noção do dinheiro real. Quero que ele aprenda a controlar esse dinheiro e a guardá-lo. Acredito que um extrato bancário não traga experiência para uma criança de 10 anos, por prejudicar o sentimento de pertencimento”, pontua Leonardo.

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